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Teoria da Contingência
Teoria da Contingência
A palavra Contingência significa algo incerto ou eventual, que pode suceder ou não, dependendo da circunstancia.
A Teoria da Contingência considera tudo relativo, não existindo um modelo absoluto que possa ser utilizado em todas as situações; o que fazer irá depender das variáveis do ambiente que determinarão quais decisões deverão ser tomadas pela organização.
A abordagem contingencial salienta que não se alcança à eficácia organizacional seguindo um único e exclusivo modelo organizacional, ou seja, não existe uma forma única e melhor para organizar no sentido de alcançar os objetivos variados das organizações dentro de um ambiente também variado.
É necessário um modelo apropriado para cada situação.
Variações no ambiente ou na tecnologia conduzem a variações na estrutura organizacional.
Pesquisa de Chandler
A pesquisa de Chadler teve quatro fases:
1º fase: Acumulação de recursos;
2º fase: Racionalização do uso dos recursos;
3º fase: Continuação do crescimento;
4º fase: Racionalização do uso dos recursos em expansão
A estrutura organizacional corresponde ao desenho da organização, isto é, a forma organizacional que ela assumiu para integrar seus recursos enquanto a estratégia corresponde ao plano global de alocação de recursos para atender as demandas do ambiente.
Pesquisa de Burns e Stalker
Foram pesquisadas vinte empresas e concluiu-se que o tipo de estrutura organizacional é determinado pelos fatores ambientais.
Classificando as organizações em dois tipos:
“mecanicistas e orgânicas”.
Sistemas Mecânicos:
Estrutura organizacional, burocrática, permanente, rígida e definitiva.
Autoridade baseada na hierarquia e no comando.
Processo decisorial, decisões centralizadas.
Comunicação quase sempre verticais.
Princípios predominantes da T. Clássica.
Ambiente estável e permanente.
Sistemas Orgânicos:
Estrutura organizacional flexível, mutáveis, adaptativas e transitórias.
Autoridade baseada na conhecimento e na consulta.
Processo decisorial, descentralizado ad hoc (aqui e agora).
Comunicação quase sempre horizontais.
Comunicações informais entre as pessoas.
Princípios predominantes da T. de Relações Humanas.
Ambiente instável e dinâmico.
A forma mecanicista é apropriada para condições ambientais estáveis.
A forma orgânica é apropriada para condições ambientais de meditação e inovação.
Portanto, é o ambiente que determina a estrutura e o funcionamento das organizações.
Pesquisa de Lawrence e Lorsch
Pesquisaram sobre o confronto entre organização e ambiente, o que acabou marcando o aparecimento da T. da Contingência, concluindo que os problemas organizacionais básicos são a diferenciação e a integração.
Conceito de diferenciação
É a divisão da organização em subsistemas ou departamentos, cada qual desempenhando uma tarefa especializada para um contexto ambiental também especializado.
É o processo oposto a diferenciação, gerado por pressões vindas do ambiente da organização no sentido de obter unidade de esforços e coordenação entre os vários departamentos (ou subsistemas).
Em função dos resultados da pesquisa, os autores formularam a Teoria da Contingência: que explica que não há nada de absoluto nos princípios gerais de administração. Os aspectos universais e normativos devem ser substituídos pelo critério de ajuste constante entre cada organização e o seu ambiente e tecnologia.
Pesquisa de Joan Woodward
Classificou em três grupos a tecnologia de produção:
1- Produção unitária ou oficina: o processo produtivo é menos padronizado e menos automatizado
2- Produção em massa ou mecanizada: é o caso da produção que requer máquinas operadas pelo homem e linhas de produção ou montagem padronizadas
3- Produção em processo ou automatizada: produção em processamento contínuo, a participação humana é mínima.
Pesquisa de Joan Woodward
Tecnologia:
Constitui outra variável independente que influencia as características organizacionais (variáveis dependentes). As organizações utilizam alguma forma de tecnologia para executar suas operações e realizar suas tarefas.
Conclusões sobre a Teoria da Contingência:
Existe um aspecto proativo e não meramente reativo na abordagem contingencial.
As características da organização não dependem dela própria, mas das circunstancias ambientais e da tecnologia que utiliza.
O consenso de seus adeptos quanto a certo relativismo no método gerencial, acarretando rejeição aos princípios universais e definitivos da administração.